sábado, 31 de março de 2007

..:: Saudade ::..

Saudades! Sim... Talvez... E porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! Como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!


Florbela Espanca

1 comentário:

Anónimo disse...

Ao ler o teu blog simplesmente concluo o quanto fui insignificante na tua vida.

Sempre pensei que tinha errado quando te deixei a chorar a veres-me partir para os braços de quem não me merecia, mas agora vejo que errei ao partir para os braços de uma pessoa ignobil e vazia que só me trouxe infelicidade, mas não errei quando te deixei...................................................................................................